Secretário Municipal de Saúde explica falta de medicamentos

A sessão da última quinta-feira, dia 10 de abril, foi marcada pela presença do Secretário de Saúde de Ibatiba, Adauto de Almeida Oliveira, que compareceu à convocação da Câmara, proposta pelos vereadores, para esclarecer sobre a falta de medicamentos no município desde o final de 2013. De acordo com os vereadores, as falhas na gestão vêm causando sérios riscos para a saúde da população, que depende dos serviços e da entrega de medicamentos da farmácia cidadã.

O secretário explicou, durante sua apresentação, que houve demora no processo licitatório para compra dos medicamentos, principalmente por parte das empresas participantes. “Enviamos e-mails para as empresas, que só foram respondidos no final de janeiro deste ano.Devido a essa demora, fizemos uma compra emergencial de R$ 21 mil, do laboratório da Marinha”, explicou Adauto Oliveira.

O vereador Luciano Salgado iniciou a sabatina: “Não podemos admitir que um processo licitatório impeça o serviço ao cidadão. Eu gostaria de saber quanto foi gasto com medicamentos em 2013 e 2014 e por que o município não adere ao Sistema Estadual de Registro de Preços, para reduzir a burocracia e otimizar a aplicação de recursos, e porque não participa do programa Farmácia Cidadã?”.

O secretário informou que em 2013, o município gastou em torno de R$ 2 milhões com assistência farmacêutica e que a previsão orçamentária para 2014 é de R$ 3 milhões com farmácia básica. “Colocamos o Sistemas Horus que nos mostra, em tempo real, como estão os estoques, pois não encontramos referência para compras do governo passado. Nós pedimos adesão ao sistema da Sesa, mas até hoje não tivemos resposta”, respondeu Adauto Oliveira. Sobre a adesão ao programa Farmácia Cidadã, o secretário infirmou que não sabe da existência desse projeto.

O vereador Beto da Saúde também indagou o secretário sobre a responsabilidade sobre a falta de medicamentos. “De quem é a responsabilidade por fazer a licitação, por que faltaram remédios?”.

“Muitas vezes não temos gente especializada na Saúde, onde é feita a licitação. Acho que esse processo deveria ser feito no setor de licitação e contratos da Prefeitura, mas é feito na nossa secretaria”, explicou Adauto.

Já os vereadores Ivanito Barbosa e Elias Cândido da Silveira insistiram na data em que os medicamentos estarão disponíveis para a população na farmácia municipal. Sobre esse assunto, o secretário se limitou a informar que os mesmos serão comprados “o mais rápido possível” e que na última compra emergencial, os produtos chegaram em duas semanas.

Ao final da sabatina, o Presidente da Câmara, Silvio Rodrigues, informou que foram muitas as reclamações da população sobre a falta de remédios. “Agora, vimos que o que faltou foi planejamento e responsabilidade”, finalizou e agradeceu a presença do secretário municipal de Saúde.